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domingo, 11 de setembro de 2011

A ESCOLHA DE ABRAÃO

Não há dúvida de que a fidelidade de Abrão foi o motivo pelo qual Deus o escolheu para ser nosso pai na fé. ­Ele ainda não conhecia o Senhor Deus e, mesmo assim, sua vida matrimonial refletia o caráter leal.
         Esse fato é tremendamente importante para podermos avaliar a razão de alguns cristãos serem tão abençoados enquanto outros não.

         Quando foi chamado, Abrão já estava casado com a mesma mulher pelo menos uns trinta e cinco anos. Naqueles tempos, o casal sem herdeiros era como árvore sem frutos. Era motivo de humilhação para a família, especialmente para a mulher não ter filhos. O desespero de Sara chegou ao cúmulo de até oferecer sua escrava ao marido para lhe gerar filhos, apesar disso ser uma prática comum na época.

         A condição estéril de Sara não diminuiu o amor de Abraão nem sua lealdade para com ela. A poligamia era comum na época, mas ele também resistiu esse costume. De fato, por ser fiel à sua aliança com Sara, ele era determinadamente perseverante em aguardar que um dia seu sonho se realizaria. Essa qualidade de caráter o fez diferente de todos os demais homens de sua época. Pois sendo capaz de ser fiel à sua mulher em circunstâncias contrárias, com certeza também o seria para com Deus. É aí que está a grande diferença entre cristãos e cristãos.

         O Senhor Jesus ensina que “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito” (Lucas 16.10). Eis a razão porque muitos cristãos têm vivido à míngua neste mundo apesar das inúmeras promessas gloriosas de Deus. Embora com direito às bênçãos pela fé, o Espírito Santo não lhes dá a fé necessária para a conquista delas. Pois a infidelidade na administração do pouco que lhes foi confiado tem sido a barreira na administração do muito. Ora, como Deus poderia confiar coisas maiores nas mãos daqueles que têm sido infiéis até no pouco que têm?

         O Espírito Santo não dorme, nem cochila e até as intenções do nosso coração estão diante dos Seus olhos. Portanto, Ele sabe muito bem com quem pode e com quem não pode contar como servos fiéis.

         Quantos supostamente servos têm trabalhado na obra do Senhor pensando nos benefícios próprios? E quantos não têm procurado serví-Lo apenas de aparência, porque na verdade estão objetivando mesmo é o senhorio de si mesmo? Quantos pastores, quantos servos, quantos obreiros estão tentando “crescer na obra” à custa de um trabalho cheio de injustiças? E quantos não têm usado do engano e da mentirinha para se locupletar das fraquezas dos menores? E pensam que tudo vai passar em brancas nuvens...

         O caráter de Abraão o fez tornar-se a própria benção. Sua integridade e justiça fizeram dele o eleito de Deus.

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