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domingo, 4 de dezembro de 2011

“Não conte para ninguém”



– Se falar isso que está acontecendo aqui, eu mato sua mãe!



Minha mãe, não, meu Deus, minha mãezinha não, eu não posso deixar! O que eu faço? Não posso gritar, não tenho a força que ele tem!



O cheiro ruim daquela casa estava dentro de mim, e aquele homem enorme, com barba fedorenta, fez algo que acabou com minha vida.



Depois de alguns minutos, ele me disse para voltar e brincar com meus amigos. Se eu dissesse algo para alguém, minha mãe corria perigo de vida.



Arrumei meu vestido e meus sapatos brancos com laço de cetim, meu cabelo estava embaraçado, a flor vermelha que minha tia colocou se perdeu naquela casa fedorenta.



Voltei para a festa e ele estava lá, com sorriso nos lábios e fazendo sinal para eu ficar quieta. Ele chegou perto da minha mãe e disse olhando para mim:



– Dona Alicia, sua filha está muito linda, a senhora está de parabéns.



Minha mãe, coitada, sem saber de nada, agradeceu ao monstro, e mais uma vez ele me olhou e, com o dedo, fez sinal para eu me calar.



A festa acabou para os convidados, mas para mim havia acabado no momento em que o monstro me levou para dentro da casa.



Aquela noite foi de terror, meu corpo doía muito, meus ossos pareciam quebrados, eu estava sangrando. Coloquei então um lenço em mim para minha mãe não perceber, eu estava com muito medo.



Eu tremia muito e meus dentes estavam serrados, era uma mistura de dor e ódio. O que o monstro tinha feito comigo? O que foi aquilo? Por que eu estava toda dolorida? E por que eu sangrava?



Continua na próxima edição.



A história acima é fictícia e baseada em fatos do cotidiano


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