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quarta-feira, 11 de abril de 2012

A VONTADE DE DEUS


          Um dos maiores desafios da vida cristã é saber quan­do se está ou não vivendo ou fazendo algo de acordo com a vontade de Deus. Teoricamente, o cristão-servo deseja e quer estar dentro da vontade do seu Senhor; mas, na prática, ele ora, jejua, pede e insiste em coisas que não têm a ver com a vontade divina. Muitas vezes, as pessoas perseguem objetivos alicerçados na própria Palavra do Senhor Jesus, que diz: “Pedi, e dar-se­vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir­se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Lucas 11.9,10).

         Existem ainda muitas outras promessas que estimulam a fé cristã para conquistar benefícios. Algumas vezes isso leva à omissão do mais importante: procurar saber se é ou não da vontade de Deus. O relaciona­mento do servo-cristão com o Senhor está apoiado na sua total , completa e irrestrita submissão à vontade d'Ele. Do con­trário, ele não é servo. Não é porque o Senhor nos dá o direito e a liberdade de perseguirmos um objetivo pessoal que temos o direito de ignorar Sua vontade. Se o Senhor Jesus, como Fílho, submeteu-Se à vontade do Pai, quanto mais nós, como servos! Como Filho, Ele tinha todo o direito de realizar a Sua própria vontade, mas preferiu fazê-la submetendo-a a vontade do Pai.

         Particularmente, posso testemu­nhar quantos aborrecimentos em minha vida poderiam ter sido evitados, se muitos objetivos perseguidos tivessem sido submetidos à vontade de meu Senhor! Imagine um servo desejando algo contrário à vontade do seu Senhor! Obviamente esse servo não é servo. Porque servo que é servo se caracteriza pela condição apenas de executor da vontade do seu Senhor. Qual o servo que tem vontade própria? Pelo contrário, sua vontade é satisfazer a vontade do seu Senhor; por isso ele é servo. O servo que procura servir a si mesmo deixa de ser servo para ser senhor de si. Sempre que existem conflitos de interesses, tais como fazer a vontade de Deus ou a própria vontade, surgem as dúvidas, neutralizando a fé. Se, entretanto, os interesses do servo são compatíveis com os do seu Senhor, então não há dúvida, e a fé é fortalecida. Porque nada é mais agradável para o servo do que estar no centro da vontade do seu Senhor. O rei Davi conhecia muito bem o sentido do relacionamento entre o Senhor e o servo. No Salmo 37, ele aconselha o seguin­te: “Agrada-te do Senhor, e ele satisfa­rá os desejos do teu coração” (versículo 4). O Senhor Jesus também ensinou algo semelhante ao dizer: “E, se al­guém me servir, o Pai o honrará” (João 12.26). Muitos cristãos, especialmente os inexperientes, ficam ansiosos por realizações pessoais e se esquecem de submeterem seus objetivos à vontade de Deus. Talvez por temerem saber não ser da vontade divina.

         E, quando não os alcançam, ficam frustrados e até decepcionados com a própria fé. Procuram aqui, ali e acolá algum motivo da falta de conquista e nada...

         A verdade é que nem sempre a não realização se deve à falta de fé ou mesmo a algum pecado, mas, sim, que Deus, pela Sua infinita misericórdia, não permitiu aquela posse, porque seria a sua destruição. A jumenta de Balaão, por exemplo, foi impedida de seguir o seu caminho por Deus e não pelo diabo. É verdade que este está sempre tentando barrar o avanço cristão, porém, através da oração perseverante, ele acaba “caindo fora” e, então, se conquista.

         É preciso, no entanto, estar consciente de um fato: quando algo é da vontade de Deus, a convicção no coração é tão forte que é impossível ser removido, quer pelo diabo, quer pelo mundo. A fé é uma certeza absoluta; é o poder de Deus dentro da alma do servo. Este não precisa ouvir a voz ­audível de Deus, como aconteceu com Abraão, Isaque e Jacó, para ter certeza da Sua vontade; a própria fé fala por si e impulsiona o servo a agir.

         Quando isso ocorre, o servo não fica ansioso, preocupado ou com medo, pois ele conhece a voz do seu Senhor. O Senhor Jesus disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (João 10.27). Quer dizer: não há como dar errado.

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