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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Nascer de Novo


         Uma das gran­des vantagens do inferno sobre o povo evangélico é a proliferação de doutrinas aparente­mente bíblicas. Os que crêem serem estes os últimos tempos hão de crer também nas palavras do Senhor Jesus, quando disse: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Mateus 24.11).

         O que diferencia o falso do verdadeiro não são as vestes, nem os discursos, como os dos fariseus hipócritas, mas os frutos. Os falsos profetas manipulam a verdade e a misturam com as mentiras, dando-lhes uma aparência pura e santa. E é claro, os incautos, os imaturos na fé ou os neófitos acabam tomando veneno com gosto de mel.

         Assim tem sido o ensino de que “uma vez salvo, salvo para sempre”, fanerose, predestinação. Esse tipo de discurso agrada muito os que querem manter uma vida irregular e alarga o caminho que conduz à perdição. Há pelo menos três aspectos bíblicos a considerar quando falamos em salvação eterna: nascimento da carne, nascimento da água e nascimento da água e do Espírito. Muitas pessoas fazem parte do corpo de membros da Igreja por questão apenas de gratidão. Foram curadas, libertas de vícios ou alcançaram uma determinada graça e daí passam a fazer parte da Igreja. Os anos vão passando e aquelas pessoas se mantêm fiéis aos princípios doutrinários da sua denominação, porém continuam vivendo a mesma qualidade de vida que viviam no passado. Apenas algumas insignificantes mudanças, tais como: não bebem mais; não desperdiçam dinheiro em jogos de azar; não participam mais de festas idólatras, e daí por diante. Mas, em geral, a vida é a mesma. E aí perguntam: por quê? E a resposta é única: nunca nasceram da água e do Espírito, isto é, não nasceram de novo!

         Falando sobre esse assunto numa reunião de bispos e pastores, uma esposa de pastor tremeu na cadeira. Uma semana depois, ela e seu marido abandonaram a Igreja. Como se explica isso? Simples: ela estava na Igreja havia mais de dez anos, mas nunca tinha nascido de novo.

         Consideremos, então, os três tipos de pessoas mencionados acima. Primeiro, os nascidos da carne, que são carnais. São constituídos por aqueles que foram “bajulados” pelo pastor de tal forma, que acabam se tornando membros fiéis da igreja daquele mesmo pastor. Se este é transferido para outra localidade, os carnais imediatamente se transferem para aquela igreja onde está o “seu pastor”. Caso este deixe a Igreja, os carnais também o seguem. Por serem carnais, eles estão sempre voltados para a vontade da carne. E o Espírito Santo ensina: “Porque o pendor da carne dá para a mor­te, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Romanos 8.6,7). Portanto, os nascidos da carne jamais são salvos.

         Segundo, os nascidos da água, que são aqueles que receberam com alegria a Palavra de Deus e foram curados, libertos ou alcançaram uma determinada graça. Gratos a Deus, eles se mantêm na Igreja e aprendem os princípios fundamentais da fé cristã. Com isso, se conven­cem cada vez mais de que são nascidos de Deus, e, na teoria, são convencidos. E quanto mais acesso tem aos conhecimentos das doutrinas bíblicas, mais convencidos ficam de terem nascido de Deus. Mas, na prática, ou seja, ao passar pelo deserto, revelam logo não terem a natureza divina, haja vista não suportarem as provas do deserto e acabarem desistindo. De uma forma geral, os “aguados” têm grandes chances de serem salvos, pois conhecem a verdade e, se conseguirem se manter nela até o fim, serão salvos. O grande problema deles é a perseverança. É muito difícil, mas não impossível, o “aguado” perseverar até o fim.

         Terceiro, os nascidos da água e do Espírito, que, finalmente, são verdadeiros filhos de Deus, pois as tribulações, as provações, as perseguições, as injustiças, os desertos, enfim, nada neste mundo pode remover sua fidelidade para com seu Eterno Senhor e Salvador Jesus Cristo. Com estes se cumpre exatamente o que diz a Escritura: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” (1 João 5.4).

         Quando a pessoa é nascida da água e do Espírito, somente ela própria pode se destruir, quando decide resistir à voz do Espírito Santo. Deus jamais vai destruí-la, e o diabo não tem poder para tal. É possível um filho de Deus perder a salvação? É muito difícil, mas também não é impossível, pois na carta à igreja em Sardes o Senhor promete ao vencedor não riscar seu nome do Livro da Vida, o que significa que existe a chance de se riscar o nome do Livro da Vida. Isto significa perder a salvação!

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