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domingo, 10 de fevereiro de 2013

Que lugar era aquele?



Os dois me pegaram pelo braço e me levaram até um túnel, onde ouviam-se gritos insuportáveis. Eu iria enlouquecer se ficasse ali.

– Quero sair! Não quero ficar aqui!

– Você nos procurou, agora não vai mais sair. Iremos lhe mostrar o seu lugar.

– Não! Eu não procurei vocês! Sou evangélica!!

Eles deram gargalhadas e me bateram, disseram que faziam eu dormir na igreja e ter um enorme desejo de sair logo da casa do Homem de Branco.

– Você nunca quis o Homem de Branco, então foi fácil trazê-la para o inferno.

– Inferno?! Como assim, inferno?!

Tentei fugir. Eles me soltaram, mas foi em vão; para onde eu corria havia fogo, um cheiro muito forte de enxofre, pessoas gritando por todo lado.

Eram verdadeiros berros, mil vezes mais fortes que gritos de desespero. Aonde quer que eu fosse havia alguém gritando e rangendo os dentes. Sim, rangendo os dentes; a dor das pessoas era tanta que seus dentes rangiam. 

Havia bichos por todos os lados, vermes comendo as pessoas. 

– Meu Deus, não quero ficar aqui! 

Nesse momento, eles me pegaram novamente, queriam que me ajoelhasse. Agora eu pertencia ao reino do inferno.

4ª de um total de 25 crônicas.

Continua na próxima edição.

A história é fictícia e baseada em fatos do cotidiano.

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