
Bebia, fumava... Bebia
novamente e fumava mais ainda.
A música alta me
convidava a dançar sem parar. Todo tipo de bebida, à vontade, à disposição de
todos.
Meu show então começou.
Subi em uma mesa redonda
e dancei muito. Sempre amei dança, era uma das minhas paixões.
Depois disso, só me
lembro de acordar na cama do sótão com André ao meu lado. O dia já havia
raiado.
Acordamos juntos. Olhamos
um para o outro e rimos muito.
– Que noite boa, nunca
dancei tanto...
– Você animou a festa
toda, Clara. Foi a sensação da casa.
– Estou com fome, vamos
tomar café em algum lugar?
– Eu também estou. Aqui
perto tem uma casa de chá muito legal. Vou te levar lá.
Andamos de mãos dadas até
a casa de chá. Um ambiente muito calmo. Meus trajes não eram dos melhores,
afinal não trocara de roupa. Meus cabelos estavam despenteados, por isso fiz um
coque básico. Minha meia havia desfiado, enfim, eu estava um horror rsrs.
Pedi café forte e pão.
André, vodca.
– Meu filho, não vendemos
bebidas alcoólicas – disse uma simpática senhora usando avental branco. Ela
lembrava a minha mãe: calma e serena. Fazia dias que eu não falava com ela.
– Então me dê o mesmo que
a moça – disse André, rindo.
Enquanto outro
funcionário preparava nosso pedido, peguei um jornal para ler. Havia o anúncio
de um retiro espiritual para jovens.
9ª de um total de
25 crônicas.
Continua na
próxima edição.
A história é
fictícia e baseada em fatos do cotidiano
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