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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Casal indiano na Universal


Sathish e Anitha visitam o Brasil e contam como tiveram suas vidas transformadas

Um país localizado no continente asiático, com a segunda maior população do mundo e, no geral, desconhece a existência de apenas um Deus, pois é politeísta (acredita em vários deuses). Estamos falando da Índia, lugar repleto de religiosidade e com um povo sofrido.

Construções luxuosas e centenas de templos da prática religiosa predominante, o Hinduísmo, convivem com a extrema pobreza em todo o País. Todos os dias, milhões de pessoas transitam pelas cidades, e muitas delas escondem o sofrimento que passam dentro de casa. Um estudo divulgado pelo Instituto de Saúde Métrica e Avaliação da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, apontou que o suicídio é a principal causa de morte nas mulheres entre 15 e 49 anos na Índia, por conta da opressão que sofrem no casamento.

O trabalho da Universal na Índia teve início há mais de 16 anos. São anos de luta para conseguir levar o Evangelho aos milhões de habitantes do país. “Conseguir”, é o termo certo, pois muitos rejeitam e perseguem os familiares que se convertem. Mesmo assim, a igreja segue em lugares como Chennai (a maior cidade do extremo sul da Índia), e também na mais populosa do país (e a segunda maior no mundo), Mumbai, abrindo portas, com um só objetivo: livrar o povo do sofrimento através da Palavra da Verdade.

Foi essa Verdade que libertou Sathish Kumar, de 31 anos, hoje pastor da Universal, que há 16 anos conhece a fé cristã. Casado com Anitha Kamur, de 23, atualmente eles vivem em Chennai.

Não foi – e não tem sido – fácil enfrentar o preconceito e a perseguição religiosa. Explica que um convertido a Cristo na Índia tem de ser muito firme em seus propósitos para suportar tamanha pressão de todos os lados, até mesmo da polícia e do Governo, especialmente no norte do país, localidade em que mais perseguem os cristãos.

“As pessoas sofrem muito, não porque odeiam a Jesus ou não creem n’Ele, e sim, porque não conseguem acreditar que Ele seja o único Deus. Elas aceitam orações quando visitadas em suas comunidades, porém, para elas, Jesus é um ‘deus’, mas não o ‘único’”, explica Sathish, que recentemente veio ao Brasil e participou de uma reunião no domingo, em São Paulo, ao lado dos bispos Edir Macedo e Renato Cardoso, em Santo Amaro, zona sul da capital. Segundo contou, veio para absorver todo ensinamento e experiências do ‘berço Universal’, por meio dos encontros de fé que acontecem diariamente nos templos do País, e levá-los para a Índia.

Acompanhado da esposa, Sathish relembra um pouco o seu passado. Conta que enfrentou doenças, miséria, passou por dificuldades, comeu o ‘pão que o diabo e os deuses que cultuava amassaram’, mas um dia encontrou a porta de entrada para uma vida diferente e totalmente oposta à que ele acreditava ser a ‘única forma de vida’.


Quando teve uma experiência com o verdadeiro e único Deus, apresentado primeiramente à sua mãe, através de uma programação de rádio, sua vida nunca mais foi a mesma.

Ele conta que, apesar de o pai ter um emprego estável no Governo, todo dinheiro que ganhava era para pagar dívidas e socorrer os filhos, que viviam doentes. “Morávamos em uma casa feita de folhas de bananeira, não havia paredes. Quando chovia, não conseguíamos dormir, pois molhava tudo dentro de casa. Também tínhamos que conviver com ratos, escorpiões, baratas e insetos diversos. O banheiro era terrível.”, lembra.

Diante da situação de calamidade que enfrentava, ele e sua família até tentavam encontrar refúgio nos deuses que cultuavam, mas a resposta nunca chegava.

Na mesma cidade, mas em comunidade diferente, Anitha, sua esposa, também sofria, não somente pela miséria, mas principalmente por conviver com o vício. “Meu pai era alcoólatra. Tinha um bom emprego, mas gastava tudo com bebida. Eu e meus irmãos não tínhamos paz. Antes de meu pai chegar, íamos dormir para não vê-lo bater na minha mãe. Por diversas vezes ele chegou a nos acordar, pedindo que formássemos uma fila para assistir à cena de agressão”, revela a jovem. “Eu pensava que o nosso sofrimento nunca teria fim. Eu pedia a morte aos deuses, pois não aguentava mais aquela situação”.

Hoje, ambos estão na mesma fé, casados há dois anos, e ajudando levar a Palavra aos que sofrem, como eles sofreram um dia.

“Para mim a Universal é uma escola, que me ensinou a viver pela fé e não pela emoção. Porque, até então, eu vivia sofrendo porque a emoção e a religiosidade me dominavam, e eu não tinha esse entendimento. Se as pessoas entenderem o que é essa fé, elas não terão problemas em se aproximar desse Deus vivo”, finalizou Sathish.

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