Trabalho evangelístico tem mudado a vida dos que sofrem na Itália
A Universal está prestes a completar 36 anos
de existência, mas o objetivo de anos atrás continua o mesmo: mostrar o poder
de Deus a todas as nações. E, para isso, não são levadas em conta as diferenças
culturais, privações ou perseguições que missionários têm de enfrentar mundo
afora.
Um exemplo de que o medo de desafios não faz
parte da fé Universal é que, desde 1993, a Palavra de Deus vem sendo anunciada
nessa terra de raízes fortíssimas do catolicismo. Há templos em Roma, Milão,
Florença, Nápoles, Turim, Mântua, Verona e Siracusa. Além de trabalhos
especiais em Catania e Génova.
“A Itália é um país muito religioso e cheio
de tradições. Muitos têm em mente a religião católica como única e verdadeira.
A maioria se sente já conhecedora da verdade. Isso se une ao orgulho da
história triunfante do país no passado e à desconfiança, fazendo com que muitos
vivam de aparência. Porém, quando tomam conhecimento do poder de Deus se
manifestando em suas vidas por meio de milagres, aos poucos abrem o coração e
fazem a diferença”, explica o bispo Wagner Simões, atual responsável pelo
trabalho da Universal no país.
Adaptação
“Bravo”; “Capiche”; “Vá bene”. Na Itália,
tais termos sempre vêm acompanhados de muitos gestos e são ditos em alto e bom
tom, chegando até a assustar quem ouve e não está acostumado. Mas tal
comportamento foi apenas um detalhe a que os voluntários tiveram de se adaptar,
pois dificuldade mesmo foi o aprendizado da nova língua.
Com a fluência no italiano, outra etapa
ainda a ser vencida é conseguir ser vista como uma igreja cristã e não apenas
como uma seita. Pois muitos que lá moram consideram que outros ensinamentos
fora da realidade católica não pertencem a Deus.
Para mostrar que a intenção da Universal é
proporcionar uma vida de qualidade aos que creem, voluntários adotam diferentes
tipos de abordagem durante as evangelizações. “Eu tive que mudar a forma de me
comunicar, ser mais tolerante no que diz respeito aos aconselhamentos, claro
que não aceitando jamais o erro, mas sendo mais paciente, até que entendam o
que quero dizer e queiram mudar”, destaca o bispo Wagner.
Visão que se abriu em meio ao sofrimento
para a dona de casa Salvatrice Bozzari, de 62 anos, e a filha dela, Claudia
Corona, de 24, secretária, ambas italianas.
Salvatrice conta que sofria com um problema
em uma vértebra que a deixou com 65% do corpo inválido. Para piorar a situação,
ainda tinha depressão. “Quando comecei a frequentar as reuniões na Universal,
manifestei durante meses com espíritos malignos, pois eu era vítima de magias”,
lembra.
Os problemas não pararam na mãe,
estendendo-se à filha, que ainda jovem já estava viciada no álcool. “Eu era
cheia de problemas na vida sentimental. Não dormia, pois sentia o colchão se
mexer. Cheguei até a pensar em suicídio”, lamenta Claudia.
Diferentemente de muitos, para elas, trazer
de volta tais lembranças serve como testemunho, pois a saúde perfeita, a paz de
espírito e a harmonia familiar hoje reinam no lar de mãe e filha, que são
obreiras da Universal e fazem questão de sair às ruas para falar de tão grande
transformação.
Ações sociais
Fechar as lacunas pelas quais vem o
sofrimento consiste também em levar o alimento físico aos necessitados. Cestas
básicas e roupas são constantemente entregues aos carentes do país, além de
haver cooperação com a Cruz Vermelha italiana em campanhas de doação de sangue.
O apoio aos jovens não é deixado de lado,
uma vez que relatórios e pesquisas atuais, a exemplo do 45º Relatório Census,
de 2007 a 2010, mostram que eles já perderam quase 1 milhão de postos de
trabalho nos últimos quatro anos.
Sabendo da gravidade disso, e para evitar
que eles enveredem pelos maus caminhos, o Força Jovem do país promove campanhas
contra as drogas, incentivo à prática do esporte e cultura, por meio de
concursos de dança e competições, além de palestras motivacionais, entre outras
atividades direcionadas à juventude.
“Temos essa vertente, porque sabemos que os
jovens são o futuro da nação e da própria Obra de Deus”, conclui o bispo,
sabendo que o trabalho é árduo, mas a vitória é inevitável, pois não são os
sonhos dele que estão sendo projetados na Itália, mas o sonho do próprio Deus.
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