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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Onde está o amor?

Crimes bárbaros aumentam e mostram sinais da volta de Jesus

O amor de mãe – dizem – é puro e incondicional. A figura materna é conhecida como protetora dos filhos, capaz de dedicar sua vida a cuidar deles e defende-los a todo custo. Mas e quando a mãe é quem carrega nos braços a morte para o filho a quem deveria proteger? Que tipo de sociedade cria cada vez mais criminosos incapazes de ter compaixão pelos seus próprios entes queridos? Se alguém não tem amor pelos de sua própria casa, como esperar que tenha sequer consideração pelos de fora?

O que vale mais? A vida da própria filha ou um relacionamento com um homem qualquer? Um caso recente chocou o Brasil. Uma mãe foi acusada de ser a mentora do assassinato da própria filha, de 22 anos, para ficar com o marido dela, de 26. Célia Fortes (48) alega ser inocente, mas admite ter um caso com o genro há quatro anos. Quatro anos também tem a neta de Célia, filha de Jéssica Carline Ananias da Costa e do assassino confesso, Bruno Costa. Durante algum tempo, os dois mantiveram o romance em segredo, mas aos poucos, os familiares, vizinhos e amigos começaram a descobrir. Apenas o marido de Célia não sabia da traição da esposa.


Segundo o delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana, Ítalo Sega, no dia do crime, na cidade de Apucarana (PR), Célia e Bruno teriam passado a tarde em um motel, planejando os últimos detalhes do assassinato. Depois, foram a um shopping e, mais tarde, Célia buscou a neta, deixando a filha sozinha na casa com o assassino. Segundo Bruno, o crime foi cometido para que os dois pudessem ficar juntos.

No Pará, na cidade de Oriximiná, outro caso chocou a população. Uma adolescente de 16 anos confessou ter matado o filho de apenas três meses de idade. Os familiares encontraram o corpo do bebê, cheio de hematomas, e chamaram a polícia. A mãe estava em uma festa com amigos. Primeiro, ela tentou enganar a polícia, dizendo que a criança havia morrido afogada no leite materno, mas depois confessou que o espancou até a morte. Espancou o filho, viu que estava morto e seguiu para a festa com os amigos.

No ano passado, a garota esteve envolvida na morte do primeiro filho, quando alegou ter sufocado sem querer o bebê durante a noite, enquanto dormia. Segundo familiares, o Conselho Tutelar foi acionado, mas a investigação não prosseguiu e a criança foi enterrada como indigente. Desta vez, no entanto, ela foi apreendida.


Outra adolescente, de 15 anos de idade confessou ter ajudado a matar com golpes de faca o próprio filho, de 1 ano, com a ajuda do namorado, de 19 anos, em Corumbá (MS). Os dois planejaram se livrar da criança, pois queriam viver em outra cidade e não tinham com quem deixá-la. Como um objeto descartável. Segundo depoimento da mãe, ela teria segurado o bebê enquanto o suspeito desferia os golpes no peito da criança. “Não fui eu exatamente (que matou), mas participei das duas primeiras facadas”, afirmou a menina.

Os casos, alguns entre tantos noticiados diariamente, mostra que a família já não tem mais a mesma importância. Antes sagrada, hoje tem sido maculada e profanada pelas histórias que recheiam a ficção, tanto nas novelas, quanto nos filmes de Hollywood. A criatividade de quem escreve os roteiros inventa situações, dramas e crimes que se tornam comuns para quem os assiste. Banalizada e assimilada, a violência verbal, psicológica e física começa a fazer parte do dia a dia das pessoas, desde a infância. O certo torna-se errado e o errado torna-se certo. A sociedade se torna cada vez mais cínica e desonesta, os princípios se evaporam e os valores desaparecem. Uma sociedade vazia, oca, apodrecida.

Tudo é natural, tudo é aceitável. É assim que absorvemos tudo o que até pouco tempo era visto como absurdo, e nos surpreendemos quando colhemos os frutos do que a humanidade tem plantado. Quando o Senhor Jesus advertiu para que ficássemos atentos aos sinais de sua vinda, avisou: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos”. (Mateus 24:12) O esfriamento do amor, que temos visto com clareza, é consequência direta da multiplicação da iniquidade. Dia após dia, testemunhamos a multiplicação de tudo o que é errado, a começar pelo que nasce do coração humano.


Mágoas, mentiras, inveja, maus olhos...a desconfiança se multiplica, a desonestidade, a falta de respeito e a falta de temor. As iniquidades “invisíveis” dão à luz iniquidades visíveis, que têm como consequência o afastamento da humanidade de Deus. Se Deus é amor, longe de Deus é natural haver o esfriamento do amor ao próximo, do amor à vida. No entanto, na sequência do versículo, o Senhor Jesus completa: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”. Aí está a direção para esses últimos e maus dias: perseverar, manter-se firme, inabalável, escolhendo não se contaminar com a maldade deste mundo. Sem sujar seu coração, sem manchar seu olhar. É a única maneira de permanecer sóbrio e firme, mantendo o foco no que é realmente importante, para jamais correr o risco de ser enganado por suas emoções ou por suas vontades. “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.”(Apocalipse 3:11)

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