
Ai, que dor! Dor na alma, no coração, não podia fazer nada. Minha mãe estava morrendo. Nessas horas, eu me esquecia do monstro. A dor da minha mãe era muito maior, imensamente maior. Ela tomou morfina. As dores aliviaram e fomos para casa. Passaram-se 5 meses, ela voltou sete vezes para o hospital, e tudo se repetia, dia a dia, até que numa noite eu acordei assustada. Tive pesadelos com o monstro, fui até o quarto dos meus pais e minha mãe estava muito suada. Peguei uma toalha molhada e enxuguei o seu rosto. Meu pai acordou e me ajudou a levantá-la.
“Eu amo muito vocês”, disse minha querida mãe. Nesta noite, ela morreu nos braços de meu pai. Meu mundo desmoronou.
Um mês se passou após sua morte, e meu pai começou a beber. Não suportava mais a dor da falta de sua amada. E eu? Como fico? Voltei às aulas, não ia muito bem em matemática, não conseguia entender nada das equações que eram ensinadas. Já estava com quase 11 anos e minha cabeça não funcionava muito bem. Sempre tendo pesadelos com o monstro e a lembrança da minha mãe. Meu pai tornou-se um viciado, eu nem tinha comida decente, vivia de leite ou macarrão sem molho.
Continua na próxima edição.
A história acima é fictícia e baseada em fatos do cotidiano.
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