Eu sempre me protegi muito, morria de medo de engravidar novamente de outra "coisa", só que desta vez eu não iria perder tempo, pois agora era madura e experiente, dona do meu próprio dinheiro e muito conhecida, era só fazer o aborto e tudo bem.
Mesmo me prevenindo, em 1 ano fiz dois abortos. Tinha um cliente que conhecia o amigo de um doutor e que sempre ajudava as mulheres da noite a se livrar das tais "coisas".
E o tempo foi passando e eu me achando cada dia mais poderosa, nada nem ninguém mandava em minha vida. O desejo de vingança contra o monstro ainda continuava...
Resolvi mudar o meu estilo, radicalizar! Mudei o meu visual. Era conhecida como a dama da noite e deveria ser mais poderosa do que nunca.
Uma roupa preta. Essa era minha marca registrada: roupa preta, muito justa, quase não entrava nela, e maquiagem muito escura. Meus cabelos já não eram mais loiros e cacheados, eu os pintava de preto e estavam lisos. Os sapatos eram de salto alto e pretos, a meia-calça era rasgada e as bijuterias, grandes
e pesadas.
e pesadas.
Quando eu chegava em casa, por volta das 7 horas da manhã, a "coisa" estava dormindo. Passava longe do seu quarto, não queria nem ouvir a sua voz.
Um dia, cheguei em casa e não tinha ninguém. Resolvi deitar e dormir porque estava muito cansada. Tinha feito cerca de cinco programas naquela madrugada e meu corpo estava quebrado, além da bebida.
12ª parte de um total de 22 crônicas.Continua na próxima edição.
A história acima é fictícia e baseada em fatos do cotidiano.
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