Tenho projetos, muitos
projetos. Sei que para eles se concretizarem tenho que suar muito, comer muito
angu, como diz o meu pai. Mas tenho certeza de que vai acontecer, porque sou
fiel a Deus, tenho confiado nEle e estou fazendo a minha parte. Todos os
domingos, pela manhã, vamos à igreja; eu faço parte de um grupo junto com meus
pais. Sou evangélica desde que nasci, meus pais conheceram a Deus antes de me
terem, por isso não tive nenhum problema com eles como os adolescentes de hoje
têm. Brigas, bebidas, discussões, miséria, isso não existe aqui em casa,
realmente somos muito abençoados.
O ano letivo está
acabando e preciso fazer o meu último trabalho. Vamos nos reunir na casa da
Claudinha, de 18 anos, que faz parte do nosso grupo, composto por sete pessoas.
Tem o Britinho, de 19 anos, a quem costumamos dizer para soltar a língua,
porque é gago e a gente se diverte quando ele quer falar algo e não consegue.
Mas isso não o afeta em nada. Outro dia a gente precisava de alguém para
apresentar o trabalho para a classe e o indicamos só para zoá-lo. Ele sabe que
o amamos muito. Há ainda a Aninha, de 21 anos, uma loira muito bonita; o Betão,
também de 21, que é muito bacana e entende tudo de computador – ele os monta e
desmonta com os olhos fechados –; a Maria, de 22, que tem problemas com a mãe,
brigam muito; às vezes ela dorme aqui em casa.
2ª de um total de
33 crônicas.
Continua na
próxima edição.
A história é
fictícia e baseada em fatos do cotidiano.
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