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domingo, 15 de julho de 2012

“Sozinha, jamais conseguiria”


Ouvi como se fosse uma voz suave me dizendo: "Quero ser perdoada por tudo que fiz, quero ter uma nova vida, então devo fazer o mesmo..."

Sequei minhas lágrimas e saí do quarto. As duas estavam jantando como se nada tivesse acontecido. "Será que nada abala essas duas? O mundo cai na cabeça delas e a confiança continua? Muito bem, se quero ser assim também, devo sacrificar o meu eu. Vamos lá, é agora."

Sentei-me à mesa, peguei o meu prato, coloquei a comida, que estava com um cheiro ótimo, e disse:

– Anne, minha querida, passe o sal.

Parece que quando falei o nome dela o ódio sumiu do meu coração, havia algo que não me deixava perdoar, algo que até então parecia mais forte do que eu.

Anne passou-me o sal, mas antes se levantou e me deu um beijo.

– Esse foi o meu pedido a Deus: que a senhora me amasse. E vejo em seus olhos o seu amor por mim.

Um ano se passou e digo que minha vida mudou. Não foi fácil, tive recaídas, vontade de desistir, mas meu desejo de mudar era mais forte. Mesmo quando desejava morrer, queria viver; quando a vontade pela droga era grande, meu desejo de não usá-la era maior. Sozinha, jamais conseguiria... Hoje sei o que é ser feliz e o que é confiar em Deus.

A história é fictícia e baseada em fatos do cotidiano.

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