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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Cheguei em casa com os olhos vermelhos


Provei da maconha e achei aquela sensação incrível, queria mais. Naquela noite, eu tinha que chegar cedo em casa, afinal, aniversário de amiga termina cedo. Marquei com o rapaz de sairmos outro dia, eu iria inventar algo para minha mãe, ela caía em todas. Cheguei em casa com os olhos vermelhos, fui direto para o quarto porque não queria que minha mãe percebesse nada. No dia seguinte, fui à igreja com ela. Novamente foi dito que aquele que quisesse entregar a vida a Deus deveria ir até a frente e fazê-lo. Minha mãe disse que era bom eu ir.

Como sempre faço a vontade dela, assim não fica me perturbando quando quero sair, eu fui. Fechei meus olhos e fiquei pensando numa maneira de poder sair com o garoto popular da escola. “Já sei! Vou combinar com a Ana para ir à casa dela e lá eu saio com ele. Faço de conta que vou fazer um trabalho escolar. Eu sou muito esperta, engano quem eu quero.”

A oração acabou e eu nem percebi, quando abri os olhos as pessoas já estavam se sentando. Mas o meu plano já estava feito em minha mente. O culto acabou. “Ai, graças a Deus... Não aguento esse homem falando o tempo todo. Não entendo nada do que ele fala e tem gente ainda que chora aqui. Pra que eu vou chorar? Sou feliz como sou.”

5ª de um total de 25 crônicas.

Continua na próxima edição.

A história é fictícia e baseada em fatos do cotidiano.

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