Provei da maconha e achei
aquela sensação incrível, queria mais. Naquela noite, eu tinha que chegar cedo
em casa, afinal, aniversário de amiga termina cedo. Marquei com o rapaz de
sairmos outro dia, eu iria inventar algo para minha mãe, ela caía em todas. Cheguei
em casa com os olhos vermelhos, fui direto para o quarto porque não queria que
minha mãe percebesse nada. No dia seguinte, fui à igreja com ela. Novamente foi
dito que aquele que quisesse entregar a vida a Deus deveria ir até a frente e
fazê-lo. Minha mãe disse que era bom eu ir.
Como sempre faço a
vontade dela, assim não fica me perturbando quando quero sair, eu fui. Fechei
meus olhos e fiquei pensando numa maneira de poder sair com o garoto popular da
escola. “Já sei! Vou combinar com a Ana para ir à casa dela e lá eu saio com
ele. Faço de conta que vou fazer um trabalho escolar. Eu sou muito esperta,
engano quem eu quero.”
A oração acabou e eu nem
percebi, quando abri os olhos as pessoas já estavam se sentando. Mas o meu
plano já estava feito em minha mente. O culto acabou. “Ai, graças a Deus... Não
aguento esse homem falando o tempo todo. Não entendo nada do que ele fala e tem
gente ainda que chora aqui. Pra que eu vou chorar? Sou feliz como sou.”
5ª de um total de
25 crônicas.
Continua na
próxima edição.
A história é
fictícia e baseada em fatos do cotidiano.
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