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domingo, 28 de abril de 2013

Justiça Própria


Justiça não lhe faltava. Integridade de caráter, muito menos. Sua fé era invejável, já que temia a Deus e se desviava do mal.

Qual era então o seu problema? Justiça própria.

Por conta do seu comportamento íntegro, reto, de temor a Deus e fuga do mal, aparentemente, Jó era perfeito.

Deus o exaltou na cara do diabo, quando disse: “...ninguém há na terra semelhante a ele...” Jó 1.8

Apesar disso, havia algo cruciante e fundamental nele, que fazia a diferença para menos: ele conhecia ao Senhor Deus apenas por informações de terceiros. Jó 42.5

Esse era o seu grande problema – que não deixa de ser o da maioria das pessoas.

São honestas, íntegras, desviam-se do pecado, possuem vidas regradas, não fazem mal a ninguém, mas, infelizmente, por conta dessa autojustificação, não são libertas.

Tudo leva a crer que um espírito enganador as convence de sua “pureza e santidade”.

Não precisam de Salvação nem de Um Salvador, porque suas “obras” são como as de Jó.

Tamanha era a sua autoconfiança na própria justiça, que Jó chega a ponto de dizer:

“Ainda hoje a minha queixa é de um revoltado, apesar de a minha mão reprimir o meu gemido.

Ah! Se eu soubesse onde O (Senhor Deus) poderia achar! Então, me chegaria ao Seu tribunal. Exporia ante Ele a minha causa, encheria a minha boca de argumentos. Saberia as palavras que Ele me respondesse e entenderia o que me dissesse.

Acaso, segundo a grandeza de Seu poder, contenderia comigo? Não; antes, me atenderia.” Jó 23.2-6

Observe que a confiança em sua própria “pureza e santidade” era tamanha, que chega a ponto de dizer:

“Exporia ante Ele a minha causa, encheria a minha boca de argumentos. Saberia as palavras que Ele me respondesse e entenderia o que me dissesse.”

Muitas pessoas não têm suas vidas transformadas por conta desse espírito de justiça própria: “Não faço isso, nem aquilo; sou fiel, pago meus dízimos, dou minhas ofertas; vou à igreja, leio a Bíblia, oro, jejuo, etc, etc e etc.”

Igualzinho à história do fariseu, contada por Jesus:

“O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças Te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.” Lucas 18.11,12

Enquanto isso, “o publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!”Lucas 18.13

Jesus concluiu: “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele…” Lucas 18.14

Não seriam essas pessoas semelhantes às cinco virgens néscias? Mateus 25.1

Eram virgens, aparentemente puras, santas e salvas, mas não tinham o brilho do óleo do Espírito Santo. A porta fechou-se, e elas, com toda sua pureza, santidade e virgindade ficaram para trás.

Depois disto, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó:

“Onde estavas tu, quando Eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento.” Jó 38.4

Em outras palavras, o Senhor respondeu a Jó: Quem é você para encher sua boca de argumentos diante de Mim?

Caindo em si, finalmente Jó admitiu que sua justiça, apesar de perfeita aos seus olhos, era como trapo de imundície diante do Altíssimo.

Então confessou:

“Eu Te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos Te veem.” Jó 42.5

Deus abençoe a todos.

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