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segunda-feira, 20 de maio de 2013

O resgate de milhares de almas


Vigília do resgate, que lotou o Anhembi em São Paulo, faz parte da Caravana que acontece em todo o país para ajudar pessoas que estão longe de Deus


São Paulo, capital, 10 de maio, 11 horas da noite, 15 graus. Normalmente, quando a temperatura cai na “Terra da Garoa”, a maioria prefere ficar em casa e se aquecer. Mas, para as 70 mil pessoas presentes no Pavilhão do Anhembi, mais importante do esquentar o corpo físico foi deixar a alma ferver com a fé pura que vem de Deus, durante a 2ª Caravana do Resgate, reunião que visa trazer de volta aos braços do Pai os que um dia se afastaram. A Concentração foi transmitida ao vivo para cidades mais distantes da capital paulista.


Ministrado pelo bispo Edir Macedo e pelo bispo Sergio Correa, responsável pelos obreiros em todo o mundo, o encontro proporcionou renovação espiritual aos voluntários e membros que se esforçaram durante semanas para convidar as ovelhas perdidas, e também marcou um novo recomeço para aqueles que decidiram retomar a verdadeira vida com Deus.

Nem mesmo duas horas de viagem da cidade de Salto até a capital desanimou o casal de ex-obreiros Alessandra Amâncio Aliaga, de 24 anos, vendedora, e Leonardo Henrique Alves, de 23, segurança. Depois de cinco anos afastados da presença de Deus, eles receberam o convite para participar da Caravana e decidiram dar um rumo diferente a suas vidas.

“Eu saí porque deixei a dúvida entrar no meu coração, que dizia que não era batizado no Espírito Santo. Acabei me envolvendo com drogas, me viciei em cocaína, só sofri desde que me afastei. Mas hoje estou aqui porque vejo essa reunião como uma grande oportunidade, senão a última. Desta vez quero ter o que nunca tive: um encontro com Deus”, declara Leonardo.


Para unir forças com os resgatadores brasileiros, bispos e pastores responsáveis pelos obreiros de dez países foram convidados para participar do encontro, visando absorver o espírito da Universal no Brasil e levar para os voluntários no exterior.

O bispo Edir Macedo, líder mundial da Igreja Universal do Reino de Deus, subiu ao altar logo no início da reunião. E logo começou a falar com a multidão de pessoas presentes, de todas as faixas etárias e sociais. “Não importa o que você fez até aqui. Ainda que esteja com os braços atados, verá o que o Espírito Santo fará em sua vida. Aqui há pessoas com todos os tipos de pecados, de erros, de necessidades. Não importa. O que importa é que vieram porque aceitaram o convite de Deus. O Senhor Jesus disse que todo aquele que vier a Ele não será rejeitado.”

O bispo orou, pedindo para que até as pessoas que trabalharam para a realização do evento fossem tocadas por Deus, recebessem algo dEle. Afastados ou não, fiéis ou ainda não, as palavras que o bispo transmitiu em nome do Senhor Jesus foram para todos. “Você não veio para ouvir meras palavras. Não veio para ouvir histórias ou orações. Veio para mudar sua vida.”

A Caravana do Resgate acontece em todo o Brasil com o objetivo de transformar e mostrar que qualquer pessoa tem a chance de voltar para os braços de Deus. Basta querer. Para isso, é preciso esquecer o passado e se entregar completamente a Ele, passando a ser fiel e obediente a Deus em tudo. Voltada para os que um dia fizeram parte da Obra de Deus e acabaram se afastando, as reuniões da Caravana têm sido um instrumento para o avivamento da fé.


Essa volta, no entanto, muitas vezes é interrompida ou não é concluída por conta da ausência de fé.

O açougueiro Everton José dos Santos, 25 anos, conhece de perto o amor incondicional de Deus e aproveitou a chance de arrependimento que teve. Ele recebeu um convite para participar da primeira Caravana do Resgate no Paraná, mas não foi. Cerca de duas semanas depois, foi perseguido pelo marido de uma mulher com quem se envolveu e levou dois tiros. No hospital, lembrou-se do convite que recusara e disse que, quando saísse dali, iria para a Igreja.

“Infelizmente, tive que chegar ao leito de um hospital para ver a realidade e voltar para Deus”, conta o jovem, que se esfriou após três anos como obreiro, ficando seis meses afastado da Igreja. “Por causa desse relacionamento, levei dois tiros, cheguei a ficar no hospital em estado crítico, a ponto de os médicos falarem que eu não teria condições de andar nem falar. Foi aí que eu acordei para a realidade. Agora a minha vida está 100% com Deus, voltei para a fé novamente, estou na Igreja pegando firme para ser levantado a obreiro de novo. Voltei também para a minha esposa e estamos bem”.

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