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terça-feira, 9 de julho de 2013

Fé visionária

Com projetos sociais que transformam vidas e desafios grandiosos como a construção do Templo de Salomão, Universal completa 36 anos de fé racional que ultrapassa fronteiras

Respeito, crítica, amor, crescimento e transformação. Estas são apenas algumas palavras que traduzem a trajetória da Universal, que no dia 9 de julho completa 36 anos como um dos maiores movimentos de fé do Brasil e do mundo.

Do coreto aos morros, das comunidades ribeirinhas ao sertão, da periferia aos grandes centros urbanos, em meio a calúnias, terremotos e enchentes, a Palavra divulgada pela Universal ecoa desde a década de 1970 e atravessa fronteiras.

O trabalho iniciado pelo bispo Edir Macedo leva autoestima, esperança e transformação às regiões mais remotas do mundo. São milhares de templos e milhões de pessoas entre pastores, membros e voluntários que, por usarem a fé inteligente e não emocional, são a verdadeira força e imagem da Universal.

A instituição ultrapassou os muros das religiões tradicionais graças a uma decisão aparentemente simples do bispo Macedo: em vez de pregar uma fé cega, ele incentiva a independência espiritual de seus membros. “Comunhão com Deus só é possível na base espiritual. Isto é, no seu intelecto. Ele não é Deus de fanáticos ou desequilibrados emocionais. Antes, Ele busca verdadeiros adoradores que O adorem em espírito e em verdade. Desprovidos de sensacionalismos ou oba-oba”, explica no artigo Fé Cega, disponível no site www.bispomacedo.com.br.


A Universal é a união de pessoas em torno de um objetivo comum, que é o de construir o próprio destino com alegria, trabalho e fé em Deus. A transparência do trabalho e das atitudes do próprio bispo Macedo acabaram atraindo pessoas de todas as origens, formações e classes sociais. Advogados, dentistas, professores, faxineiros, médicos, jornalistas, donas de casa, engenheiros, pedreiros, carpinteiros, estudantes, recepcionistas, esportistas, veterinários, psicólogos, frentistas, seguranças, entre outros: juntos, eles são a Universal.

Eles fogem ao estereótipo do “crente” tradicional. Nada de roupas iguais, cortes de cabelo padronizados ou regras e obrigações descabidas. Ao contrário, usam a fé e não se deixam abalar pelo opinião alheia nem pelo descontrole emocional.

“Sua fé é sólida, alicerçada, fundamentada na Palavra Divina. Não estão nem aí para a opinião alheia... E se todos os abandonarem por causa de sua fé, aí é que eles se tornam mais fortes. Da fraqueza tiram forças e tomam posse das promessas”, comentou o bispo Macedo, a respeito dos membros da Universal que realmente tiveram um encontro com Deus e entenderam o segredo da vitória: viver exclusivamente pela fé. 

Eles aprendem a não se render diante das dificuldades e a trabalhar por um lar harmonioso, resgatando valores perdidos pela sociedade. Assim, vencem o desânimo, a depressão, a dependência, as doenças e a inveja e ainda ganham forças para prosperar na vida pessoal, financeira e amorosa.


A dona de casa Sueli Barbosa Freire, de 68 anos, é uma boleira de sucesso em Belém do Pará e uma das pessoas que acreditam na transformação provocada pela fé na Palavra de Deus. Mas nem sempre foi assim. Quando entrou pela primeira na Universal, no Rio de Janeiro, seu objetivo era o de reclamar do trabalho feito pelo bispo Macedo no bairro da Abolição. “Cheguei disposta a fazer um escândalo, mas as palavras que ouvi do bispo Macedo tocaram meu coração. Eu desejei ser uma pessoa melhor e voltei para casa diferente”, lembra Sueli.

Ela conta que, apesar de funcionar no galpão de uma antiga funerária, o local era bonito. Porém, o que mais chamou a atenção de Sueli foi a forma como o bispo Macedo conduzia os encontros. Segundo ela, ele ensinava que, mais do que seguir uma doutrina ou um cotidiano de orações, era preciso ter uma fé prática. Em vez de se acomodar a discursos, era preciso colocar em prática os ensinamentos e ir atrás dos sonhos. “O que me marcou foi a liberdade, descobrir que posso pensar e fazer o que eu quero. Quando conheci o Senhor Jesus, aqui dentro de mim, não fui obrigada a nada. Tenho livre-arbítrio; nas outras igrejas em que fui não tinha essa liberdade para pensar”, destaca.

Foi assim que Sueli começou a participar de todos os eventos que a Universal organizava no Rio de Janeiro, além de acompanhar as mensagens do bispo Macedo pelo rádio. Em 1979, ela teve de se mudar para Brasília com o marido, que era militar. Lá, presenciou a fundação da primeira Universal no Distrito Federal e pôde dar o seu primeiro depoimento de transformação de vida. “Eu conheci quase todos os primeiros pastores. Morava no mesmo bairro que o bispo Renato Maduro, que na época ainda era um menino. Depois de alguns anos, eu o reencontrei na Universal, já como pastor”, diz, lembrando-se do Bispo Renato Maduro, falecido em 2010, conhecido por ter sido o primeiro dependente químico liberto na Universal.

Alexandrina Teodoro, de 79 anos, presenciou o crescimento da Universal em São Paulo e se tornou voluntária em agradecimento pelas diversas conquistas que obteve pela fé. Ela conta que conheceu a Universal pelo rádio. Na época, sua filha estava internada por causa de graves queimaduras provocadas por água fervente. “Falei para Deus que, se fosse verdade o que o pastor estava falando no rádio, eu queria que minha filha fosse curada e que o dinheiro do cigarro que eu fumava fosse usado para comprar pão para os meus filhos”, conta. A menina se curou e Alexandrina nunca mais colocou um cigarro na boca. “Não parei mais de ouvir as orações pelo rádio. Um dia perdi o emprego e decidi fazer uma oração para Deus. Pedi um trabalho e, caso eu encontrasse, nunca mais me esqueceria dEle. No dia seguinte consegui o emprego e encontrei uma Univeral, que funcionava na região da rua 25 de Março”, revela Alexandrina. Ela também acompanhou a transferência dessa Universal para um antigo cinema no bairro do Brás, região central de São Paulo, e que depois se transformou na catedral do Brás, funcionando até hoje no mesmo lugar.

Trajetória de superação e união


O caminho de sucesso da Universal não foi simples de ser percorrido. A rápida expansão na década de 1990, visível em eventos que atraíam multidões, logo despertou inveja e preconceito e, com eles, a perseguição. Em 1992, os ataques levaram o bispo Macedo para a prisão, mas ele foi inocentado e logo superou as acusações. Essa não foi a primeira nem a última batalha vencida.

Desde a década de 1970, a determinação para construir um futuro melhor é a essência de quem faz parte da Universal. A coragem estava presente em cada pessoa que ouviu e acreditou nas primeiras palavras proferidas pelo bispo Macedo do alto de um coreto no bairro do Méier, no Rio de Janeiro. A força dos membros foi fundamental para a prosperidade do projeto de evangelização. Albino da Silva, que acompanhou as reuniões no Méier, foi o responsável por encontrar o imóvel onde funcionaria a primeira Universal, enquanto Lindalva Bernardo de Figueiredo doou o primeiro ventilador (veja toda a trajetória na linha do tempo ao lado).

O esforço de cada membro pode ser comparado ao trabalho das formigas pela união e pelo empenho do grupo por uma causa comum. É assim com a atividade dos voluntários, que levam a Palavra de Deus às ruas e ajudam os pastores dentro das igrejas. O orientador pedagógico Luiz Antonio Dobroca, de 63 anos, é voluntário há 25 anos. “Quando a Universal chegou ao estado de São Paulo, não era como hoje, principalmente em relação à quantidade de membros, naquela época havia apenas seis igrejas no estado todo. O trabalho estava apenas começando, mas crescia por causa das evangelizações nas ruas do bairro”, relembra.

Ele conta com carinho sobre os 29 anos como membro da Universal. “Cheguei a convite da minha mãe e nunca mais saí da presença de Deus. Na Universal eu aprendi ser uma pessoa melhor. Antes eu não conhecia a fé verdadeira, por isso não me sentia realizado”, completa Luiz, que também é responsável pelo projeto Ler e Escrever no Estado.

Muito além do altar


A visão Universal é de que “a fé prática”, que tem mudado a vida de milhões de pessoas que participam de suas reuniões em todo o mundo, pode e deve ser multiplicada e compartilhada também fora do templo e, assim, contribuir para uma transformação completa. Por isso, no Brasil e no exterior, a Universal desenvolve e mantém diversos projetos de responsabilidade social.

Seja em presídios, hospitais, passando pela Escola Bíblica Cristã (EBC), até a forte colaboração de pessoas que perderam tudo por catástrofes e acidentes como nos casos dos desabamentos em Santa Catarina e Rio de Janeiro e a tragédia da Boate Kiss, no Rio Grande do Sul, a Universal, ao logo desses 36 anos, tem contribuído para a mudança e a transformação do País e do mundo.

Projeto Nordeste: Desde 1999, com a construção da Fazenda Nova Canaã, em Irecê (BA), a Universal mostra ao Brasil que é possível tornar fértil, em todos os sentidos, uma terra aparentemente seca e morta. São mais de 500 hectares de extensão da fazenda, irrigados nos moldes dos kibutzim israelenses, produzindo milho, feijão, soja, cebola, abóbora, cenoura, beterraba, melancia, entre outras frutas e legumes. O Projeto Nordeste oferece ainda educação (do pré-escolar à 4ª série), alimentação (mais de 700 refeições diárias), assistência médica e odontológica, esporte e lazer para 540 crianças de 3 a 10 anos de idade e gera mais de 180 empregos diretos.

EBI: Tem como objetivo formar uma nova geração, consciente de seus valores e responsabilidades para exercer seu papel como cidadão de fé na sociedade. A EBI está divida por faixas etárias: de 0 a 12 meses berçário, 2 e 3 anos maternal, 4 a 7 anos primário, 8 a 10 anos juniores, 11 a 14 anos juvenil, garantindo a qualidade do projeto pedagógico. Mais informações: www.ebiuniversal.com.br.

Força Jovem: Torneios esportivos, shows musicais, gincanas e excursões num clima extremamente familiar e acolhedor. Assim são os encontros da Força Jovem Universal (FJU), que busca dar perspectivas de vida à juventude, em especial, aquela que se encontra marginalizada pela sociedade ou em situações de risco. Cada jovem tem a oportunidade de optar pelo programa com o qual mais se identificar, dentro dos oito projetos oferecidos pela FJU, que incluem atividades culturais, sociais, desportivas e espirituais. Mais informações: www.forcajovemuniversal.com.br.

AMC: Somar esforços para apoiar e incentivar instituições que prestam assistência aos mais necessitados. Esse é o foco da Associação de Mulheres Cristãs (AMC), fundada por esposas, mães e profissionais dos mais variados segmentos e que possuem a grandeza de abrir mão das próprias necessidades para se dedicar aos menos favorecidos. Na raiz do trabalho, o amor ao próximo e a fé como a base de sustentação dos projetos. Mais informações: www.mulherescristas.org.br.

Calebe: Presente em diversos países, além do Brasil, os voluntários do Calebe realizam atividades voltadas à terceira idade (leia mais na página 16) e visitam asilos e casas de repouso, onde realizam doações, além de levar amor e conforto espiritual àqueles que ainda têm muito a ensinar aos mais jovens. Para ter mais informações, basta procurar a Universal mais próxima de sua casa.

Godllywood: Idealizado por Cristiane Cardoso, o projeto foi criado em 2010, em Houston, Texas (EUA), e rapidamente ganhou o mundo, atraindo mulheres de várias idades que almejam o crescimento espiritual e pessoal, aprendendo a valorizar a feminilidade. O projeto tem dois braços, extremamente importantes, de ação social, além de visitas em presídios, asilos, orfanatos entre outros:

1. Projeto Raabe – Presente em mais de 30 cidades brasileiras e países da Europa e América Latina, leva apoio e orientação psicológica a mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. A maioria é sobrevivente de maus tratos de maridos violentos ou carregam marcas de abusos sofridos na infância ou adolescência. Mais informações: www.projetoraabe.com ou pelo e-mail projetoraabe@gmail.com.

2. T-amar – Com atuação em diversas cidades brasileiras e no exterior, o T-amar nasceu para dar suporte às mães solteiras e adolescentes, incentivando-as a não abrir mão daquilo que é delas por direito, resgatando a autoestima e o amor próprio dessas mulheres, muitas vezes rejeitadas pelos próprios familiares. Informações: www.projetot-amar.com.

Anjos da Noite: Toda semana, durante a madrugada, grupos de voluntários da Universal saem pelas ruas das cidades brasileiras para levar amor e alimento aos moradores de rua, entre eles, muitos viciados em drogas. Além do principal, que é a Palavra de fé, os Anjos da Noite também distribuem pães, café, cobertores e agasalhos.

Pelo mundo


Presente em todos os continentes e espalhada em diversos países do globo, a Universal é referência internacional em levar a palavra de Deus até mesmo para os povos mais esquecidos pelo resto do mundo. É o caso da Nigéria, que ocupa o último lugar no ranking de índice de desenvolvimento humano da ONU, e de Serra Leoa, que durante anos foi considerado por diversas ONGs como o pior lugar do mundo para se morar. Entretanto, isso não assusta os bispos e pastores da Universal, que acreditam que nos lugares mais hostis é onde a palavra de Deus se faz mais necessária.

Nas nações mais desenvolvidas, nas quais a riqueza acaba afastando as pessoas da fé, a Universal também se faz presente. França, Itália, Holanda, Suíça e outros países europeus possuem templos onde milhares de pessoas se reúnem semanalmente. Passando pelos palácios e os sultões dos Emirados Árabes até a Terra Santa em Israel, ou ainda na terra do sol nascente do outro lado do globo, no Japão, quem é da Universal sabe que tem uma casa que sempre estará de portas abertas nos quatro cantos do mundo.


Linha do tempo

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