Mais uma noite de terror
em minha vida. Encontrei o monstro, ele ainda estava vivo, eu desejava matá-lo.
Eu não conseguia correr nem gritar, estava muito fraca... A droga estava
consumindo o meu cérebro, seria capaz de roubar e até matar por mais uma pedra.
Encontrei um cliente
barra pesada, andava armado, ele queria um programa e eu lhe fiz uma proposta:
daria meu corpo em troca da morte do monstro. Trato feito. De pronto, o barra
pesada foi fazer o serviço. Dois tiros na cabeça, morte instantânea, o monstro
nem viu quem o acertou. Meu corpo naquela noite era do barra pesada; fomos para
o quarto alugado do bairro. Gosto de sangue na boca, acreditava que ficaria
alegre, o monstro foi para o inferno. Mas a depressão continua, a agonia na
alma, meu coração parece que vai sair pela boca. A morte dele não adiantou de
nada, continuo sozinha. Vejo bichos andando na parede, ouço vozes dizendo para
eu me matar... Quero minha mãe. Acho não tenho mais forças, quero sair dessa vida,
não aguento mais, estou explodindo por dentro, preciso de crack.
Anne vai para o quarto da
mãe e dobra o seu joelho perto da cama. "Meu Deus, minha professora disse
que o Senhor é de verdade e pode mudar a minha mãe. Então, cuida dela pra mim.
Deus, protege a mamãe"
21ª de um total de
28 crônicas.
Continua na
próxima edição.
A história é
fictícia e baseada em fatos do cotidiano.
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