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sábado, 5 de maio de 2012

“Deus, protege a mamãe”



Mais uma noite de terror em minha vida. Encontrei o monstro, ele ainda estava vivo, eu desejava matá-lo. Eu não conseguia correr nem gritar, estava muito fraca... A droga estava consumindo o meu cérebro, seria capaz de roubar e até matar por mais uma pedra.

Encontrei um cliente barra pesada, andava armado, ele queria um programa e eu lhe fiz uma proposta: daria meu corpo em troca da morte do monstro. Trato feito. De pronto, o barra pesada foi fazer o serviço. Dois tiros na cabeça, morte instantânea, o monstro nem viu quem o acertou. Meu corpo naquela noite era do barra pesada; fomos para o quarto alugado do bairro. Gosto de sangue na boca, acreditava que ficaria alegre, o monstro foi para o inferno. Mas a depressão continua, a agonia na alma, meu coração parece que vai sair pela boca. A morte dele não adiantou de nada, continuo sozinha. Vejo bichos andando na parede, ouço vozes dizendo para eu me matar... Quero minha mãe. Acho não tenho mais forças, quero sair dessa vida, não aguento mais, estou explodindo por dentro, preciso de crack.

Anne vai para o quarto da mãe e dobra o seu joelho perto da cama. "Meu Deus, minha professora disse que o Senhor é de verdade e pode mudar a minha mãe. Então, cuida dela pra mim. Deus, protege a mamãe"

21ª de um total de 28 crônicas.

Continua na próxima edição.

A história é fictícia e baseada em fatos do cotidiano.

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